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Desafio Motivador: razões para criar o seu

Você acorda todos os dias, e se sente motivado a perseguir um objetivo, que vai além do que alcançar um determinado resultado? Quando sai de casa, já no caminho para a empresa, se sente arrepiado só de saber que tem que encarar um desafio maior do que apenas entregar algo feito ou bem feito? 

Neste artigo, vou te mostrar a importância de se construir um Desafio Motivador que poderá mudar para sempre a forma de como você olha para os produtos e serviços da sua empresa. Ao finalizar a leitura, você irá entender o que é e como criar um desafio motivador. 

Se ao acordar pela manhã, mesmo sabendo o que precisa fazer durante o dia para realizar suas atividades, não se sentir motivado, e não estamos falando aqui dos aspectos de ambiente ou salário, algo pode estar errado. Vou te mostrar nesse artigo o porquê isso acontece e como você pode virar a chave. 

Imagina que você é praticante de montanhismo, um alpinista cujo seu maior sonho é “chegar no topo do Everest”, no Himalaia. Acredito que nem eu, nem mesmo você, teríamos a coragem de encarar uma aventura dessa sem ter tido experiência, sem ter escalado outros montes menores, de altura média até os de maior altitude, sem ter conversado com outros alpinistas que conseguiram e os que não, sem ter feito diversas outras escaladas pelo mundo, ter passado por situações de adversidades, riscos, aprendendo a lidar com o clima, identificando sinais de tempestades, lidando com a escassez de ar nas subidas, com os equipamentos corretos e, claro, com o emocional.  

Encarar um risco desse sozinho é pedir para dar errado. Ninguém quer passar pela situação, retratada no filme 127 horas, onde o alpinista americano Aron Ralston (interpretado pelo ator, James Franco) resolve se aventurar sozinho, prática que já realizou por várias vezes, em um cânion localizado em Utah, nos EUA.  

Ao se ver preso em uma fenda por causa de uma grande pedra que caiu e prensou seu braço, ele teve que tomar a decisão de ter que amputá-lo com um canivete para conseguir sobreviver. Se você não assistiu a obra e quer ver, atente-se para as recomendações por ter cenas muito fortes.  

O filme 127 horas nos ensina bastante sobre querer criar e alcançar um desafio, mas com riscos não calculados.  

E essa é a verdade no mercado para muitas empresas, pois elas não fazem melhorias em produtos e serviços em benefício à real necessidade dos seus clientes, mas sim para serem melhores que seus competidores, para não perderem mercado, para aumentarem participação nas vendas e tentar fidelizá-los. 

Criar um verdadeiro desafio motivador, não é olhar para o produto em si, mas é entender “no coletivo”, com os padrões que o mercado mostra, a mudança de comportamento do consumidor, para onde o seu cliente está buscando novas alternativas, novas soluções que aliviam suas dores ou necessidades reais. 

No ambiente corporativo, as empresas desenvolvem seus produtos ou serviços em cima de melhorias do produto anterior ou considerando o cenário descrito aqui, em cima da primeira, da segunda ou da terceira montanha que já foi explorada.  

A verdade é que nenhuma montanha será igual à anterior, ficando quase impossível perceber as reais necessidades e mudanças apenas tomando por base a experiência e a liderança conquistada até então. 

Me lembro que em 2018, em uma competição de empreendedorismo em que atuava como mentor, vi umas pessoas em uma mesa comentando que ficaram impressionadas com o fato de um dos presentes ter descido no prédio onde estava sendo realizado esse evento e ter buscado lá embaixo com um entregador uma quantia de R$100,00 em “espécie” ou dinheiro papel porque ele precisava para pagar um prestador de serviços que não podia receber em conta.  

Aí todos se perguntaram, como assim, seu banco veio te entregar dinheiro aqui? 

Fato esse não isolado, onde comecei a acompanhar diversos outros comentários pela internet e outras pessoas que passaram por situações semelhantes, aí fiquei curioso para entender e, mesmo conhecendo o aplicativo colombiano Rappi, não sabia que eles faziam isso.  

Ou seja, não foram os bancos que criaram essa percepção de experiência junto ao seu cliente, mas sim uma startup que provavelmente identificou essa dor latente no mercado, de: 
 
“levar o dinheiro que a pessoa precisa, onde ela estiver no momento que ela quiser”. Isso sim é um exemplo de um “Desafio Motivador” que as instituições financeiras poderiam ter perseguido para melhorar a jornada dos seus clientes. 

O que é e como criar um verdadeiro desafio motivador para o seu negócio

Entre as principais premissas de uma startup está a sua capacidade de desenvolver produtos ou serviços mais rápidos, mais baratos e com a melhor experiência do que as empresas tradicionais, alterando completamente a forma como nós consumidores olhamos para as grandes marcas que, por muitos anos, nos conquistaram e até nos fidelizaram.  

Porém, da forma como faziam já não conseguem mais.  Seguindo esse raciocínio, vamos fazer um breve diagnóstico sobre o modelo de negócio principal da indústria financeira e da mobilidade. 

Começando pelo setor financeiro, aqui é interessante compreender como a inovação que surgiu impactou em todos os aspectos o modelo de negócio dos bancos de varejo, que apesar de comunicarem que ainda não estão incomodados com o surgimento das “fintechs”, é visível o quão buscaram se adaptar às novas tendências.  

No Brasil existiam cerca de 155 bancos autorizados e em funcionamento de acordo com o Banco Central (2015), entre os representados pela FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos – que engloba os 11 maiores grandes bancos, identificados facilmente nos “Caixa 24 Horas” e ABBC – Associação Brasileira de Bancos (representa os bancos menores), além de aproximadamente 426 Sociedades de Créditos – como as financeiras em geral (Losango, SoroCred, Aymoré…), mercado este que vem sendo absorvido com maestria pelas empresas digitais fintechs.  
 
Veja a imagem abaixo extraída do relatório:  

World Retail Banking Report – WRBR - http://www.worldretailbankingreport.com. 

desafio motivador

Um ano após surgir no Brasil a startup Nubank, em 2013, um dos maiores bancos do Brasil fechou mais de 1000 agências bancárias desde 2014 a fim de enxugar a operação e focar mais na oferta de serviços digitalizados aos seus clientes.  

Até 2014, pegando por exemplo uma pessoa que precisava fazer um empréstimo, a análise de crédito, aprovação e liberação do mesmo poderia durar entre 24 a 36 horas, conforme dados apontados pela ClearSale, além do que se uma solicitação de crédito fosse feita em um banco, só seria possível caso o tomador fosse um correntista deste.  

Atualmente, este tempo reduziu para cerca “minutos” devido a velocidade de inovação e disrupção das fintechs, onde muitos correntistas, até então acostumados apenas com o modelo tradicional das instituições financeiras, começaram a migrar suas contas bancárias para carteiras digitais.  

Conforme o 12º Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo (World Retail Banking Report – WRBR - http://www.worldretailbankingreport.com), publicado em 2012 (6 meses antes do surgimento da Nubank)  pela Capgemini Global Financial Services em parceria com a Efma – entidade que reúne mais de 3300 empresas de serviços financeiros de varejo de todo o mundo, apontava que menos de 50% dos correntistas da Geração Y tenderiam a continuar no seu banco de origem, ou seja, muitos pretendiam mudar de banco.  

Mais de 53% dos clientes que se relacionavam com a marca “banco” estavam interessados em apenas dois produtos: ter uma conta simples ou cartão de crédito. No Brasil, atualmente mais de 30% de clientes correntistas estão propensos a deixar seu banco principal, em 2014, essa taxa era de 3.7%. 

Vamos olhar agora para outro segmento, o de transporte. Ou melhor, mobilidade, no Brasil. Há cerca de sete anos, quando os aplicativos de mobilidade urbana individual ainda não eram comuns aqui no país, as pessoas olhavam para o carro apenas como um meio de transporte particular.  

Lembro claramente que quando eu tinha uns 17 anos, em 1996, já ficava sonhando com o meu primeiro carro, qual seria, o que ele deveria ter, enfim todos aqueles desejos de jovens em início de uma jornada profissional. Além, claro, das motivações pessoais. 

Por muitos anos, ter a propriedade de um veículo era sinônimo de status, de mostrar que conseguiu realizar aquele sonho. Nesse sentido, era óbvio que as fabricantes de automóveis, em parceria com as concessionárias e lojas multimarcas, focavam em vender e vender cada vez mais. 

Para a indústria que produzia os veículos, os desafios sempre estavam relacionados à operação do negócio, aos produtos e serviços oferecidos e atender a relação “demanda e oferta”.  

Afinal, imagina o tamanho de uma estrutura, de responsabilidades de investimentos e riscos que alguém pode assumir criando uma empresa nesse segmento e porte? Não é para qualquer um e temos que dar os parabéns. 

Contudo, uma vez que o foco está na fabricação e na operação do negócio, deixaram de olhar para a real necessidade, a verdadeira “dor” do consumidor, a de se deslocar cada vez mais com menos estresse pela cidade de um ponto “A” a um ponto “B” no menor trajeto e melhor custo-benefício possível. Assim, para o cidadão comum, o transporte virou de fato mobilidade. 

A partir desse consenso e do início da oferta de soluções de aplicativo de mobilidade no país, ter a propriedade de um veículo não é mais prioridade. É obvio que aqui não estamos incluindo os clientes de carros de luxo ou esportivos que, sim, é um público que sempre vai existir, mas a grande massa de pessoas que precisam sair de uma origem e chegar a um destino de maneira mais rápida, mais barata e mais eficiente. 
 
Esse pensamento levou as grandes montadoras a começar a olhar para o seu produto não mais apenas como ativo a ser adquirido pelo cliente, mas como serviço. E é fácil perceber isso. Nos últimos três anos, várias fabricantes de automóveis lançaram serviços de aluguel de carros atendendo mercados de nichos direto ao consumidor final, sem a necessidade de seus intermediários, as concessionárias de veículos. 
 
Construir um verdadeiro desafio motivador parte de uma pergunta chave ou mensagem que mostra como é possível oferecer ultra conveniência, algo que o cliente deseja na hora que ele quer, onde ele estiver e de maneira mais rápida, com a máxima experiência e com o melhor custo-benefício. 

Se as empresas começarem a olhar para perguntas assim, irão sim encontrar soluções que atendam às reais necessidades dos seus clientes. 

A partir de agora você conseguirá olhar para os produtos e serviços da sua empresa com outro ponto de vista e conseguirá contribuir para criar os desafios motivadores mais alinhados com a mudança do comportamento do seu consumidor.  

Então, deixo a pergunta: qual é o verdadeiro desafio motivador que a sua empresa precisa olhar nos próximos dois anos para se manter mais competitiva e inovadora no mercado? 

Neste artigo, vimos que pensar em produto e serviços nos dias atuais é ir além de apenas gerar inovações incrementais, e elencar um desafio motivador. É sinal que está se olhando para as reais necessidades do cliente, sempre conectado ao propósito transformador massivo da sua empresa.  

Aprendemos que para criar um verdadeiro desafio motivador é preciso fazer uma pergunta-chave ou transmitir uma mensagem que faça com que o seu time levante todos os dias e sinta-se motivado a persegui-la. 

Quer saber mais sobre estratégia, agilidade e inovação? Leia os artigos do blog da Meliva! Visite a nossa página de conteúdos gratuitos e baixe nossos e-books, canvas e templates. Ou, se preferir, ouça nosso podcast no Spotify.

Paolo Petrelli
Paolo Petrelli

CEO na PontoGet Inovação e Sócio na Meliva
Professor de MBA em Inovação.
Ajudo médias e grandes empresas a tornar seus colaboradores mais criativos, inovadores e produtivos.

6 de maio de 2021/por Paolo Petrelli
https://meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Artigo-33-Desafio-Motivador.png 524 780 Paolo Petrelli https://www.meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Meliva-horizontal-roxo-laranja.png Paolo Petrelli2021-05-06 08:40:122021-09-08 15:01:40Desafio Motivador: razões para criar o seu
Estratégia

Comunique seu negócio por meio de um propósito

Vou fazer algumas perguntas bem diretas para você agora. Responda apenas sim ou não para cada uma delas, combinado?

Você já jogou na Mega-Sena?

Você já ganhou na Mega-Sena?

Você tem um plano claro do que faria se caíssem vários milhões na sua conta hoje?

E aí? Essas perguntas despertaram alguma emoção mais forte em você enquanto estava lendo?

Agora vou fazer outras perguntas um pouco mais profundas. Vamos lá!

Você está feliz com o seu emprego?

Você gosta da sua profissão?

Se você pudesse, mudaria de profissão hoje?

E para apimentar seus pensamentos, veja essas profissões e seus salário médios aqui no Brasil.

Testador de toboágua

SALÁRIO MÉDIO NO BRASIL: R$ 6.867,00/mês

Dormidor profissional

SALÁRIO MÉDIO NO BRASIL: R$ 9.889,00/mês

Testador de videogame

SALÁRIO MÉDIO NO BRASIL: R$ 10.301,00/mês

Degustador de vinhos

SALÁRIO MÉDIO NO BRASIL: R$ 12.103,00/mês

fonte: https://www.bol.uol.com.br/listas/18-empregos-muito-bacanas-e-bem-pagos.htm

Trabalhando com o que amamos

O que achou dessas profissões? Você (realmente) mudaria de profissão, agora mesmo, se alguém te oferecesse algumas dessas vagas acima?

Eu escolhi apresentar essas profissões porque, em muitas situações, consideramos usar nosso tempo livre praticando algumas dessas profissões como diversão, descanso ou hobby.

Por isso, é comum que a gente gaste dinheiro fazendo o que leu acima, ao invés de ganhar dinheiro para descer um toboágua, ou receber para dormir, ou ser remunerado para jogar videogames, ou receber um contracheque todos os meses por experimentar vinhos do mundo inteiro!

Isso tudo pode parecer o sonho de vida de muitos. Note o que eu acabei de dizer. “Pode parecer”, mas não é o sonho da maioria. Afinal, se fosse verdade, a maioria de nós estaria batalhando para ocupar essas vagas de emprego e não as que já temos hoje, ou que nos preparamos para ter no futuro.

Por que você faz o que faz?

Então, vou aprofundar esse pensamento e te perguntar pontos mais profundos ainda que aqueles questionamentos no começo desse artigo, quando falamos da Mega-Sena.

Por que você trabalha na sua empresa atual?

É por dinheiro? É por comodidade? É pela estabilidade? É pela amizade?

Não se preocupe com as perguntas acima, caso tenha escolhido uma delas, afinal, todas as opções são nobres escolhas e dignas de qualquer pessoa que busque boas condições profissionais, concorda?

A conclusão que quis chegar com toda essa história de profissões divertidas (ou não) é que SEMPRE há um motivo! Todos nós temos motivos pelo quais fazemos (ou deixamos de fazer) algo.

E esse motivo está intimamente ligado à palavra PROPÓSITO.

Sim! É dessa palavra que estamos falando desde o começo desse artigo, mas até agora eu não tinha escrito com suas letras. A não ser pelo título desse artigo que se trata do grande spoiler disso tudo, não é mesmo?

Como comunicar seu negócio através do propósito?

Para responder à pergunta do próprio título desse texto, acho fundamental diferenciar três palavras que geralmente são usadas como sinônimos, mas para o nosso contexto de negócios não podem ser confundidas.

Propósito, objetivo e meta

Essas três palavras: PROPÓSITO, OBJETIVO E META são usadas em diversas situações. E, não raramente, a gente usa uma delas, mas pensando na outra.

Veja esse exemplo:

  • Meu propósito de vida é me aposentar na praia.
  • Meu objetivo de vida é me aposentar na praia.
  • Minha meta de vida é me aposentar na praia.

Note que as três frases fazem muito sentido e poderíamos usá-las para transmitir quase a mesma mensagem. Eu disse: quase!

Antes de explicar a diferença entre essas três palavras, já adianto, e afirmo, que para a nossa metodologia aqui na Meliva, a frase ideal seria: “Meu objetivo de vida é me aposentar na praia”.

Agora que já passei o gabarito, vou explicar por que estou afirmando isso.

Voltando ao assunto do porquê você trabalha na sua empresa atual, uma sequência sensata de pensamentos que você precisa responder para si, seriam, na ordem:

1º – Por que eu estou aqui nessa empresa?

2º – Onde quero chegar se continuar aqui nessa empresa?

3º – Como saberei que cheguei lá?

A primeira pergunta (Por que eu estou aqui nessa empresa?) é o seu PORQUÊ. A palavra ‘porque‘ representa o PROPÓSITO, ou a Causa, ou a Crença e ou seu Sonho.

Já a segunda pergunta (Onde quero chegar se continuar aqui nessa empresa?) é o seu OBJETIVO. O advérbio ‘onde’ nos faz pensar que vamos chegar a algum lugar se continuarmos perseguindo nosso PROPÓSITO.  Ou seja, o OBJETIVO é ONDE queremos chegar se perseguirmos o nosso PROPÓSITO.

E por último, a terceira pergunta (Como saberei que cheguei lá?) determina qual será a condição para confirmarmos que nosso OBJETIVO foi atingido. Chamamos isso de META.

Nesse caso podemos dizer que META é junção do OBJETIVO com uma condição de chegada.

Veja esse exemplo que diferencia OBJETIVO de META.

[OBJETIVO] = Meu OBJETIVO de vida é me aposentar na praia.

[META] = [OBJETIVO] + [CONDIÇÃO DE CHEGADA]

Assim, podemos escrever a META como:

  • Minha META de vida é me aposentar na praia [CONDIÇÃO DE CHEGADA]
  • Minha META de vida é me aposentar na praia antes de completar 60 anos de idade.

E esse OBJETIVO nos força a responder a primeira pergunta, ainda sem resposta. POR QUE você quer se aposentar na praia?

A pessoa poderia responder:

  • PORQUE meu PROPÓSITO é viver em harmonia com a natureza e com a água.

Profundo tudo isso, não achou? Mas é assim mesmo! É para ser profundo, senão não se chamaria PROPÓSITO.

O propósito empresarial

Depois de todas essas reflexões que beiram a filosofia, quero resgatar (novamente) o título desse artigo, mas agora fazendo outra pergunta.

Como crio uma comunicação baseada em propósito para o negócio do qual eu faço parte?

Essa pergunta é tão delicada, que abre espaço para outro artigo onde vamos focar totalmente nisso, detalhando cada parte, mas já vou adiantar a estrutura fundamental de como construir essa comunicação para o alívio das pessoas ansiosas, como o autor desse artigo.

Propósito mantenedor pessoal

O que você acha do propósito de vida a seguir?

PROPÓSITO: ser feliz com a minha família.

Achou nobre, achou bonito, achou inspirador?

Não sei quais foram as suas respostas mas, para mim, gostei de ler esse propósito.

“Ser feliz com a MINHA família” é nobre, bonito e inspirador. E se eu ouvir alguém falando dessa maneira, vou ficar feliz em saber que essa pessoa busca isso para a sua vida.

Entretanto, gostaria de fazer uma pergunta super direta para você.

Se o propósito do autor desse artigo for “ser feliz com MINHA família”, qual espaço você, que está lendo esse artigo agora, terá no MEU propósito de vida? A não ser que você seja parte da minha família, você não faz parte dos meus planos de felicidade, pois não temos vínculo familiar!

E, infelizmente, essa é a verdade para essa categoria de propósito. Esse é um típico caso classificado como PROPÓSITO MANTENEDOR PESSOAL. Esse tipo de propósito tem a característica de ser mantenedor, isto é, quer manter o status quo (garantir que as coisas continuem como estão), e no caso desse exemplo: SER FELIZ (e continuar feliz).

Além disso, tem a característica de ser pessoal, ou seja, não foi planejado para outras pessoas que não sejam do meu círculo pessoal. No exemplo, podemos verificar isso no trecho: COM MINHA FAMÍLIA.

Por mais nobre, bonito e inspirador que esse propósito possa parecer, ele não é um bom propósito empresarial ou corporativo, pois ele exclui os clientes , por ser pessoal, e deixa claro que a empresa não quer mudar, por ser mantenedor.

Isso fez sentido para você?

Então, se esse tipo de propósito não é indicado para empresas, qual será o tipo correto?

Propósito transformador massivo

Diferente do PROPÓSITO MANTENEDOR PESSOAL, o PROPÓSITO TRANSFORMADOR MASSIVO é o mais indicado para empresas se comunicarem com suas clientes. E o motivo é autoexplicativo em seu próprio termo.

É transformador. Ou seja, quer que as coisas mudem.

É massivo. Isto significa que quer impactar as massas. É para todas as pessoas.

Em termos práticos, um exemplo para um PROPÓSITO TRANSFORMADOR MASSIVO seria: ORGANIZAR TODAS AS INFORMAÇÕES DO MUNDO.

O que achou desse propósito? Consegue imaginar alguma empresa que vem perseguindo esse propósito?

Na imagem a seguir, você pode ver a página principal do site do Google.

propósito do google

Lendo atentamente o que está escrito acima, você concorda que o propósito do Google é transformador e massivo?

E agora vamos ver um exemplo real de propósito transformador massivo associado ao objetivo e a meta.

Eliminar a desigualdade social

propósito

O que acha desse propósito? ELIMINAR A DESIGUALDADE SOCIAL

Imagine um mundo onde a desigualdade social não fosse perceptível? Como seria esse mundo utópico?

Talvez não seja possível eliminar, mas será possível reduzir bastante essa desigualdade?

Você sabia que um dos maiores indicadores de desigualdade social são as mortes de crianças por motivos que poderiam ser evitados? Evitados através de vacinas, água potável e alimentação básica.

É fácil prever que países que vivem em situação de alta desigualdade social não oferecem essas condições para grande parte da população

Nesse caso, podemos criar um OBJETIVO de salvar as crianças de mortes que podem ser evitadas.

Salvar as crianças de mortes que podem ser evitadas

Para cumprir esse objetivo, devemos mapear países onda há altas taxas de mortalidade infantil e descobrir quais são as principais causas. Depois disso, devemos avaliar o que pode ser feito para reduzir a mortalidade para cada uma das causas principais.

Isso foi feito há alguns anos. Descobrimos que nos países africanos, uma das maiores causas evitáveis de morte de crianças é a morte pela malária.

Entretanto, existe vacina para a malária! E o custo final de vacinação de cada criança africana é de míseros 37 dólares! Sim. Esse é valor da vida de uma criança na África!

Dizem que a vida não tem preço, não é verdade?

Mas evitar a morte, para essas crianças, custa apenas 37 dólares.

Então, basta vaciná-las!

E agora que já temos um [OBJETIVO] para o [PROPÓSITO], podemos reescrever essa frase assim:

Nosso OBJETIVO é SALVAR AS CRIANÇAS DE MORTES QUE PODEM SER EVITADAS para que possamos perseguir o PROPÓSITO de ELIMINAR DESIGUALDADE SOCIAL.

Gostou dessa frase? Ela te motiva a querer ajudar de alguma maneira?

Para ficar ainda mais convincente, precisamos criar uma condição de parada para esse objetivo, assim, como disse antes, teremos uma META.

Reduzir pela metade as mortes de crianças africanas com menos de 5 anos, até 2015

Então, se nos engajarmos a realizar ações com a finalidade de reduzir a taxa de mortalidade em 50% desde o dia que nos propomos a atingir o objetivo até uma data definida, ficará bem mais fácil criar ações e tarefas que nos levem até esse número, concorda?

propósito

Aqui está o resultado! Em 2015, pela primeira vez na história, o número de mortes, devido à malária, de crianças com menos de 5 anos foi alcançado. E a meta não apenas foi atingida, como ultrapassada. Afinal buscava-se reduzir em 50%, mas a taxa final foi de 69% a menos de crianças vitimadas por uma doença que pode ser evitada apenas tomando algumas gotinhas de vacina.

Inspirador tudo isso?

E sabe que estava nos bastidores desse grandioso propósito?

propósito

Conheça a página inicial do site Bill & Melinda Gates Foundation. Uma organização sem fins lucrativos criada pelo casal Melinda Gates e Bill Gates, fundador da Microsoft, uma das pessoas mais ricas do mundo, mas, além disso, considerados como o casal mais filantropo de todos os tempos.

Você teria coragem de doar 37 dólares hoje para que uma criança fosse salva da malária?

Se a sua resposta for SIM, você se tornou potencial cliente da ONG do Bill e da Melinda Gates, pois como disse Simon Sinek: “As pessoas não compram O QUÊ você faz. Elas compram O PORQUÊ você faz.”

Agora você já pode refletir como você e a empresa que faz parte podem, juntos, repensarem as suas comunicações.

Aprendemos neste artigo que precisamos entender o nosso PORQUÊ para que possamos declarar para todos ao nosso redor, mas principalmente para nós mesmos, qual é o nosso verdadeiro PROPÓSITO.

Além disso, aprendemos que há duas categorias de propósito:

O PROPÓSITO MANTENEDOR PESSOAL, que tem o princípio de manter as coisas como estão e visa garantir essa manutenção para seu círculo pessoal.

O PROPÓSITO TRANSFORMADOR MASSIVO, que visa transformar o mundo ao redor e impactar massivamente o maior número de pessoas através dessa transformação.

Vimos também que ambos estão corretos e podem ser considerados nobres e valiosos, entretanto as empresas devem buscar um verdadeiro e grandioso PROPÓSITO TRANSFORMADOR MASSIVO para perseguirem. E, assim, engajar a todos: colaboradores, funcionários, sócios, clientes e sociedade em geral para perseguirem juntos esse PROPÓSITO.

E, para finalizar, entendemos que PROPÓSITO, OBJETIVO e META são conceitos diferentes, mesmo estando intimamente ligados.

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Vandré Sales
Vandré Sales

CEO na Meliva
Design Thinking Specialist.
Professor e especialista em inovação corporativa.
Engenheiro de computação e físico com ênfase em quântica.

meliva.com.br/
5 de abril de 2021/por Vandré Sales
https://meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/04/causas-sociais-1.jpg 339 508 Vandré Sales https://www.meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Meliva-horizontal-roxo-laranja.png Vandré Sales2021-04-05 11:13:062021-09-08 15:22:09Comunique seu negócio por meio de um propósito
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