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Desafio Motivador: razões para criar o seu

Você acorda todos os dias, e se sente motivado a perseguir um objetivo, que vai além do que alcançar um determinado resultado? Quando sai de casa, já no caminho para a empresa, se sente arrepiado só de saber que tem que encarar um desafio maior do que apenas entregar algo feito ou bem feito? 

Neste artigo, vou te mostrar a importância de se construir um Desafio Motivador que poderá mudar para sempre a forma de como você olha para os produtos e serviços da sua empresa. Ao finalizar a leitura, você irá entender o que é e como criar um desafio motivador. 

Se ao acordar pela manhã, mesmo sabendo o que precisa fazer durante o dia para realizar suas atividades, não se sentir motivado, e não estamos falando aqui dos aspectos de ambiente ou salário, algo pode estar errado. Vou te mostrar nesse artigo o porquê isso acontece e como você pode virar a chave. 

Imagina que você é praticante de montanhismo, um alpinista cujo seu maior sonho é “chegar no topo do Everest”, no Himalaia. Acredito que nem eu, nem mesmo você, teríamos a coragem de encarar uma aventura dessa sem ter tido experiência, sem ter escalado outros montes menores, de altura média até os de maior altitude, sem ter conversado com outros alpinistas que conseguiram e os que não, sem ter feito diversas outras escaladas pelo mundo, ter passado por situações de adversidades, riscos, aprendendo a lidar com o clima, identificando sinais de tempestades, lidando com a escassez de ar nas subidas, com os equipamentos corretos e, claro, com o emocional.  

Encarar um risco desse sozinho é pedir para dar errado. Ninguém quer passar pela situação, retratada no filme 127 horas, onde o alpinista americano Aron Ralston (interpretado pelo ator, James Franco) resolve se aventurar sozinho, prática que já realizou por várias vezes, em um cânion localizado em Utah, nos EUA.  

Ao se ver preso em uma fenda por causa de uma grande pedra que caiu e prensou seu braço, ele teve que tomar a decisão de ter que amputá-lo com um canivete para conseguir sobreviver. Se você não assistiu a obra e quer ver, atente-se para as recomendações por ter cenas muito fortes.  

O filme 127 horas nos ensina bastante sobre querer criar e alcançar um desafio, mas com riscos não calculados.  

E essa é a verdade no mercado para muitas empresas, pois elas não fazem melhorias em produtos e serviços em benefício à real necessidade dos seus clientes, mas sim para serem melhores que seus competidores, para não perderem mercado, para aumentarem participação nas vendas e tentar fidelizá-los. 

Criar um verdadeiro desafio motivador, não é olhar para o produto em si, mas é entender “no coletivo”, com os padrões que o mercado mostra, a mudança de comportamento do consumidor, para onde o seu cliente está buscando novas alternativas, novas soluções que aliviam suas dores ou necessidades reais. 

No ambiente corporativo, as empresas desenvolvem seus produtos ou serviços em cima de melhorias do produto anterior ou considerando o cenário descrito aqui, em cima da primeira, da segunda ou da terceira montanha que já foi explorada.  

A verdade é que nenhuma montanha será igual à anterior, ficando quase impossível perceber as reais necessidades e mudanças apenas tomando por base a experiência e a liderança conquistada até então. 

Me lembro que em 2018, em uma competição de empreendedorismo em que atuava como mentor, vi umas pessoas em uma mesa comentando que ficaram impressionadas com o fato de um dos presentes ter descido no prédio onde estava sendo realizado esse evento e ter buscado lá embaixo com um entregador uma quantia de R$100,00 em “espécie” ou dinheiro papel porque ele precisava para pagar um prestador de serviços que não podia receber em conta.  

Aí todos se perguntaram, como assim, seu banco veio te entregar dinheiro aqui? 

Fato esse não isolado, onde comecei a acompanhar diversos outros comentários pela internet e outras pessoas que passaram por situações semelhantes, aí fiquei curioso para entender e, mesmo conhecendo o aplicativo colombiano Rappi, não sabia que eles faziam isso.  

Ou seja, não foram os bancos que criaram essa percepção de experiência junto ao seu cliente, mas sim uma startup que provavelmente identificou essa dor latente no mercado, de: 
 
“levar o dinheiro que a pessoa precisa, onde ela estiver no momento que ela quiser”. Isso sim é um exemplo de um “Desafio Motivador” que as instituições financeiras poderiam ter perseguido para melhorar a jornada dos seus clientes. 

O que é e como criar um verdadeiro desafio motivador para o seu negócio

Entre as principais premissas de uma startup está a sua capacidade de desenvolver produtos ou serviços mais rápidos, mais baratos e com a melhor experiência do que as empresas tradicionais, alterando completamente a forma como nós consumidores olhamos para as grandes marcas que, por muitos anos, nos conquistaram e até nos fidelizaram.  

Porém, da forma como faziam já não conseguem mais.  Seguindo esse raciocínio, vamos fazer um breve diagnóstico sobre o modelo de negócio principal da indústria financeira e da mobilidade. 

Começando pelo setor financeiro, aqui é interessante compreender como a inovação que surgiu impactou em todos os aspectos o modelo de negócio dos bancos de varejo, que apesar de comunicarem que ainda não estão incomodados com o surgimento das “fintechs”, é visível o quão buscaram se adaptar às novas tendências.  

No Brasil existiam cerca de 155 bancos autorizados e em funcionamento de acordo com o Banco Central (2015), entre os representados pela FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos – que engloba os 11 maiores grandes bancos, identificados facilmente nos “Caixa 24 Horas” e ABBC – Associação Brasileira de Bancos (representa os bancos menores), além de aproximadamente 426 Sociedades de Créditos – como as financeiras em geral (Losango, SoroCred, Aymoré…), mercado este que vem sendo absorvido com maestria pelas empresas digitais fintechs.  
 
Veja a imagem abaixo extraída do relatório:  

World Retail Banking Report – WRBR - http://www.worldretailbankingreport.com. 

desafio motivador

Um ano após surgir no Brasil a startup Nubank, em 2013, um dos maiores bancos do Brasil fechou mais de 1000 agências bancárias desde 2014 a fim de enxugar a operação e focar mais na oferta de serviços digitalizados aos seus clientes.  

Até 2014, pegando por exemplo uma pessoa que precisava fazer um empréstimo, a análise de crédito, aprovação e liberação do mesmo poderia durar entre 24 a 36 horas, conforme dados apontados pela ClearSale, além do que se uma solicitação de crédito fosse feita em um banco, só seria possível caso o tomador fosse um correntista deste.  

Atualmente, este tempo reduziu para cerca “minutos” devido a velocidade de inovação e disrupção das fintechs, onde muitos correntistas, até então acostumados apenas com o modelo tradicional das instituições financeiras, começaram a migrar suas contas bancárias para carteiras digitais.  

Conforme o 12º Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo (World Retail Banking Report – WRBR - http://www.worldretailbankingreport.com), publicado em 2012 (6 meses antes do surgimento da Nubank)  pela Capgemini Global Financial Services em parceria com a Efma – entidade que reúne mais de 3300 empresas de serviços financeiros de varejo de todo o mundo, apontava que menos de 50% dos correntistas da Geração Y tenderiam a continuar no seu banco de origem, ou seja, muitos pretendiam mudar de banco.  

Mais de 53% dos clientes que se relacionavam com a marca “banco” estavam interessados em apenas dois produtos: ter uma conta simples ou cartão de crédito. No Brasil, atualmente mais de 30% de clientes correntistas estão propensos a deixar seu banco principal, em 2014, essa taxa era de 3.7%. 

Vamos olhar agora para outro segmento, o de transporte. Ou melhor, mobilidade, no Brasil. Há cerca de sete anos, quando os aplicativos de mobilidade urbana individual ainda não eram comuns aqui no país, as pessoas olhavam para o carro apenas como um meio de transporte particular.  

Lembro claramente que quando eu tinha uns 17 anos, em 1996, já ficava sonhando com o meu primeiro carro, qual seria, o que ele deveria ter, enfim todos aqueles desejos de jovens em início de uma jornada profissional. Além, claro, das motivações pessoais. 

Por muitos anos, ter a propriedade de um veículo era sinônimo de status, de mostrar que conseguiu realizar aquele sonho. Nesse sentido, era óbvio que as fabricantes de automóveis, em parceria com as concessionárias e lojas multimarcas, focavam em vender e vender cada vez mais. 

Para a indústria que produzia os veículos, os desafios sempre estavam relacionados à operação do negócio, aos produtos e serviços oferecidos e atender a relação “demanda e oferta”.  

Afinal, imagina o tamanho de uma estrutura, de responsabilidades de investimentos e riscos que alguém pode assumir criando uma empresa nesse segmento e porte? Não é para qualquer um e temos que dar os parabéns. 

Contudo, uma vez que o foco está na fabricação e na operação do negócio, deixaram de olhar para a real necessidade, a verdadeira “dor” do consumidor, a de se deslocar cada vez mais com menos estresse pela cidade de um ponto “A” a um ponto “B” no menor trajeto e melhor custo-benefício possível. Assim, para o cidadão comum, o transporte virou de fato mobilidade. 

A partir desse consenso e do início da oferta de soluções de aplicativo de mobilidade no país, ter a propriedade de um veículo não é mais prioridade. É obvio que aqui não estamos incluindo os clientes de carros de luxo ou esportivos que, sim, é um público que sempre vai existir, mas a grande massa de pessoas que precisam sair de uma origem e chegar a um destino de maneira mais rápida, mais barata e mais eficiente. 
 
Esse pensamento levou as grandes montadoras a começar a olhar para o seu produto não mais apenas como ativo a ser adquirido pelo cliente, mas como serviço. E é fácil perceber isso. Nos últimos três anos, várias fabricantes de automóveis lançaram serviços de aluguel de carros atendendo mercados de nichos direto ao consumidor final, sem a necessidade de seus intermediários, as concessionárias de veículos. 
 
Construir um verdadeiro desafio motivador parte de uma pergunta chave ou mensagem que mostra como é possível oferecer ultra conveniência, algo que o cliente deseja na hora que ele quer, onde ele estiver e de maneira mais rápida, com a máxima experiência e com o melhor custo-benefício. 

Se as empresas começarem a olhar para perguntas assim, irão sim encontrar soluções que atendam às reais necessidades dos seus clientes. 

A partir de agora você conseguirá olhar para os produtos e serviços da sua empresa com outro ponto de vista e conseguirá contribuir para criar os desafios motivadores mais alinhados com a mudança do comportamento do seu consumidor.  

Então, deixo a pergunta: qual é o verdadeiro desafio motivador que a sua empresa precisa olhar nos próximos dois anos para se manter mais competitiva e inovadora no mercado? 

Neste artigo, vimos que pensar em produto e serviços nos dias atuais é ir além de apenas gerar inovações incrementais, e elencar um desafio motivador. É sinal que está se olhando para as reais necessidades do cliente, sempre conectado ao propósito transformador massivo da sua empresa.  

Aprendemos que para criar um verdadeiro desafio motivador é preciso fazer uma pergunta-chave ou transmitir uma mensagem que faça com que o seu time levante todos os dias e sinta-se motivado a persegui-la. 

Quer saber mais sobre estratégia, agilidade e inovação? Leia os artigos do blog da Meliva! Visite a nossa página de conteúdos gratuitos e baixe nossos e-books, canvas e templates. Ou, se preferir, ouça nosso podcast no Spotify.

Paolo Petrelli
Paolo Petrelli

CEO na PontoGet Inovação e Sócio na Meliva
Professor de MBA em Inovação.
Ajudo médias e grandes empresas a tornar seus colaboradores mais criativos, inovadores e produtivos.

6 de maio de 2021/por Paolo Petrelli
https://meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Artigo-33-Desafio-Motivador.png 524 780 Paolo Petrelli https://www.meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Meliva-horizontal-roxo-laranja.png Paolo Petrelli2021-05-06 08:40:122021-09-08 15:01:40Desafio Motivador: razões para criar o seu
Estratégia

Negócio inovador: como planejar?

Acha que chegou a hora de você tirar sua ideia do papel e transformar em realidade? Já sabe exatamente o que precisa ser feito? Já tem certeza de quem é seu cliente ideal, qual o preço do seu produto, qual seu diferencial competitivo? Quais são os números que você precisa acompanhar para saber se está no caminho certo? São tantas e tantas perguntas que precisam ser respondidas, não é mesmo? E aí, percebemos que não temos o planejamento adequado para a nossa criação. 

No artigo de hoje, vamos conhecer as principais ferramentas para planejar e modelar negócios, sejam eles tradicionais ou inovadores. 

Se você sabe que apenas planejar sem executar não vai te levar para o lugar que você sonha, mas também sabe que executar sem planejar é sinal de fracasso em um futuro próximo, você está prestes a descobrir como pessoas realmente empreendedoras transformam seus sonhos em realidade. 

Espero que você aproveite esse conteúdo e faça boas escolhas de agora em diante, na hora de planejar grandes negócios. Continue com a gente! 

Recentemente, li um artigo que falava sobre pessoas como eu. Nascidas em uma era 100% analógica e crescidas em um mundo totalmente digital e conectado. Na minha infância, eu ouvia fitas cassetes e LPs em vinil. Hoje, minhas músicas favoritas estão disponíveis em plataformas de streaming como Spotify, Deezer, Youtube Music, Apple Music ou Amazon Music. Agora eu não preciso mais comprar um CD inteiro com dez músicas para ouvir apenas uma ou duas músicas preferidas. Em vez disso, eu pago uma assinatura mensal para ouvir todas as músicas que quiser, em qualquer lugar e a qualquer momento. Meio óbvio isso, não é? Mas nem sempre foi assim. 

Eu sou um ser híbrido, entre a Geração X e os Millenials. 

E o que isso tem a ver com o planejamento de negócios? (você deve estar se perguntando) 

Vamos lá que eu te explico. 

O plano de negócios

Como uma pessoa que passou por uma economia baseada no mundo analógico, eu conheci muito bem negócios que hoje são praticamente extintos, mas que já foram considerados minas de dinheiro: locadoras de VHS como a finada rede Blockbuster; ou a área mais disputada das Lojas Americanas que era a parte dos CDs e DVDs “baratinhos”. 

Se você tivesse uma grana hoje para criar um negócio do zero, se atreveria a abrir “a mais nova Lan House” do seu bairro? Acredito que não! Mesmo sabendo exatamente como criar um negócio desses, você sabe que estaria fadado ao fracasso. 

Afinal, há centenas de exemplos mal sucedidos de gente que tentou insistir em situações como essas, de criar negócios tão tradicionais que beiravam a obsolescência mesmo usando técnicas de sucesso das empresas líderes nesses setores. Porém, o tempo mudou e negócios que eram promissores no passado são obsoletos hoje em dia. 

Eu contei essa história para você entender que não basta boa vontade em empreender. Não basta planejar e fazer as coisas conforme as “cartilhas do sucesso” ensinam. Vou parafrasear um dos criadores da abordagem do Design Thinking, David Kelley, que disse, em inglês: “To design the right thing, you need do design the things right”. A tradução em português não é literal, mas pode ser traduzida como: “Para projetar uma coisa corretamente você precisa planejar corretamente essa coisa”. 

Se você quer fazer um edifício de cinquenta andares, não adianta usar tijolos de areia e barro como ingredientes principais. Você precisa usar concreto! E se quiser que fique realmente estável e seguro, não basta fazer bem feito, o concreto precisa ser de excelente qualidade. 

Voltando para o mundo dos negócios, não tente criar negócios inovadores usando técnicas de negócios tradicionais. E o contrário também não costuma dar certo. Esse é um dos erros que eu mais presenciei ao longo dos meus anos ajudando centenas de pessoas a criar negócios realmente inovadores. Usar técnicas e ferramentas erradas para cada tipo de negócio. 

Resgatando meu lado tradicional, se alguém me pedir para criar uma “nova padaria”, eu não vou perder tempo reinventando a roda. Eu vou procurar na internet por planos de negócios já prontos (Sim! Existem centenas de roteiros prontos para usar.). 

planejar um negócio inovador

Esse plano de negócios tem tudo o que preciso, desde a estrutura societária, passando por cargos e funções necessárias para criar uma padaria, até mesmo listando quais equipamentos eu preciso adquirir para montar as áreas de panificação, de confeitaria, de estoque e por aí vai. 

E, para ter certeza de que tudo vai dar certo, vou em busca de consultoria especializada na área. Provavelmente vou contratar um consultor da minha região e vou sair bem mais seguro do que entrei. 

O canvas do modelo de negócios para planejar um negócio inovador

Mas e se eu quiser criar um negócio completamente inovador? Algo que eu sei que poderia ajudar milhares, ou até milhões, de pessoas a aliviarem seus problemas. Eu sei que existe um problema, mas não estou certo da solução. Por exemplo, imagine a quantidade de pessoas que neste momento estão querendo aprender uma língua estrangeira, mas sentem que não têm tempo para se dedicar a esse projeto. Não basta oferecer um curso para essas pessoas, pois o problema não é a disponibilidade do conhecimento, mas a disposição da pessoa em aprender em algum horário que faça sentido para elas. Veja que o problema é claro: “pessoas não dominam outra língua, além da sua língua nativa”. E a dor também é perceptível: “falta tempo para essas pessoas iniciarem um projeto para aprender essa nova língua”. 

Neste caso, se eu encontrar na internet um plano de negócios que me ajude a criar um curso de inglês, seja presencial ou até mesmo online, não vai ser algo inovador para o mercado. Afinal, se eu encontrar na internet algo que me ensine a fazer isso é a prova de que alguém já fez antes. Então não é inovador para o mercado. Eu provavelmente criarei um negócio para disputar um mercado extremamente competitivo. Para situações como essa, o plano de negócios não vai me ajudar. Eu preciso de outra ferramenta. Provavelmente, será o canvas do modelo de negócios, pois ele foi projetado para criação de negócios inovadores, quando sabemos qual é a dor do cliente, mas não sabemos qual seria a melhor solução para aliviar a dor dessa pessoa. 

Eu poderia descobrir, depois de planejar corretamente o negócio através do canvas do modelo de negócios, que o meu cliente poderia aprender inglês, por exemplo, traduzindo músicas que ele gosta através de um aplicativo ou até mesmo lendo suas mensagens do WhatsApp em português ou inglês, com o toque de um botão no smartphone. Mas tudo isso são hipóteses que precisam de validação pelo meu cliente, não pela minha intuição. 

canvas para planejar um negócio inovador

Viu a diferença? São duas técnicas diferentes se eu quero criar negócios tradicionais que o mercado já consagrou como efetivos OU negócios inovadores que ainda temos dúvidas sobre como desenvolver. 

Agora você deve estar pensando: “Já sei tudo! para criar negócios tradicionais eu uso o plano de negócios e para criar negócios inovadores eu uso o canvas do modelo de negócios! Tranquilo!”. 

Mas não é tão simples assim! Quem me dera! 

O lean canvas

Na hora de modelar negócios inovadores, precisamos compreender mais alguns detalhes:  

O problema do cliente está claro? A dor que ele sente tem uma causa nítida ou esse cliente sente dores que não sabe identificar?  

Estou te perguntando isso, porque, caso a dor seja conhecida, já sabemos que o canvas do modelo de negócios é uma boa ferramenta para o planejamento de um negócio inovador. Mas, se a dor for desconhecida, precisamos voltar alguns passos e conhecer a origem do problema. Nesse caso, nem o plano de negócios e nem mesmo o canvas do modelo de negócios podem te ajudar.

Você precisa utilizar o lean canvas. 

negócio inovador

Sim! Me desculpe, mas preciso te dizer que temos mais uma ferramenta para modelagem de negócios inovadores. O lean canvas serve para modelagem de negócios inovadores quando não sabemos nem qual é o problema e nem a solução para esse problema. Essa ferramenta parece mágica, não é mesmo? Mas é ciência! Metodologia para validação de problemas. 

Se você é uma pessoa atenciosa em tudo o que lê pode estar se questionando: “Como eu vou criar uma solução para um problema que eu nem sei qual é?”. Mas é aqui que a disrupção acontece! 

Lembrando a célebre frase de um dos maiores gênios da disrupção que conhecemos em nossa era digital, Steve Jobs, disse: “As pessoas não sabem o que querem, até mostrarmos a elas.”. 

Essa frase justifica, para Jobs, o motivo de criar (e lançar) um smartphone com um único botão central em um aparelho que tinha uma tela vertical que tomava quase a frente toda de um smartphone em uma época que as pessoas sonhavam com um BlackBerry que mais parecia um notebook em miniatura, com quase cem teclas. Ele percebeu, antes dos próprios clientes, que as pessoas passavam muito mais tempo consumindo conteúdo multimídia do que produzindo conteúdo. Então, para que as teclas que ocupavam preciosas polegadas em uma tela reduzida? 

Quando conhecemos a dor do nosso cliente, antes dele mesmo descobrir (e nos antecipamos), estamos criando disrupção no setor em que atuamos. 

A prova que o iPhone realmente criou disrupção no setor de smartphones é que praticamente todas as atuais fabricantes de smartphones, mantêm, até hoje, o conceito clássico do primeiro iPhone: Um dispositivo vertical, com tela grande e sensível ao toque, com o mínimo de botões físicos. 

E o lean canvas pode nos ajudar nessa tarefa. 

Agora, para facilitar nossa compreensão sobre as condições ideais para usarmos uma das três ferramentas para criação de negócios, apresento a prática matriz problema-solução. 

Na matriz acima, cada quadrante nos ajuda a escolher a ferramenta mais indicada para criação de negócios. 

A solução é conhecida e o problema também? Vai de plano de negócios. 

Sabe qual é o problema, mas ainda não sabe a solução para o seu cliente? Prefira o canvas do modelo de negócios. 

Tanto o problema quanto a solução são desconhecidos, mas você sabe que existe uma grande dor no mercado? O lean canvas pode te ajudar. 

E agora, se você não sabe qual é o problema, mas sabe qual é a solução, desculpe te desapontar, mas não tenho uma sugestão para você, além de indicar uma bola de cristal. E, brincadeiras à parte, espero que você não tente criar um negócio desses.

Afinal, para que serve uma solução se não há problema real para ser solucionado? Parece óbvio, mas a maioria dos produtos que compramos e usamos em nosso dia a dia, muitas vezes “resolvem problemas que não existem”, ou resolvem problemas que não doem na gente de verdade, pois nossas dores são outras.

Como o exemplo do BlackBerry, a dor real das pessoas não era a falta de teclas no smartphone para enviarem e-mails e textos, mas em ter um smartphone premium, e caro, para que as pessoas ao nosso redor nos vissem como pessoas de sucesso (com exceção dos executivos de verdade que liam e escreviam e-mails em qualquer lugar e horário).

E isso, o iPhone, com seu preço bem acima da média, soube fazer pelas pessoas: gerar percepção de valor premium e ao mesmo tempo entregar uma experiência enxuta, fácil de usar e com interface amigável. Além de tudo isso, juntou, no mesmo dispositivo, os queridinhos (celular + iPod + navegador de internet). 

Essa receita de sucesso redefiniu o que significa um smartphone atual, tornando-se o padrão. 

Então, não foi bola de cristal de uma pessoa genial, mas sim uma tarefa séria de entender o cliente, compreender suas dores, identificar seus problemas e testar soluções que realmente aliviassem essas dores. 

Neste artigo você compreendeu que, para cada tipo de negócio a ser criado, precisamos identificar se esse novo negócio é do tipo tradicional ou inovador.

Caso seja tradicional, existe uma ferramenta muito poderosa e acessível, chamada plano de negócios. Ela é indicada quando o problema do cliente e a solução que ele espera já são conhecidas no mercado.

Porém, se o negócio a ser criado é do tipo inovador, precisamos escolher entre duas outras ferramentas: o canvas do modelo de negócios ou o lean canvas.

O primeiro é mais indicado para negócios inovadores que já tem o problema do cliente devidamente validado. O segundo é indicado quando ainda não temos a certeza qual é o problema do cliente.

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Vandré Sales
Vandré Sales

CEO na Meliva
Design Thinking Specialist.
Professor e especialista em inovação corporativa.
Engenheiro de computação e físico com ênfase em quântica.

meliva.com.br/
2 de novembro de 2020/por Vandré Sales
https://meliva.com.br/wp-content/uploads/2020/11/Artigo-02-Como-planejar-um-negocio-inovador.png 524 780 Vandré Sales https://www.meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Meliva-horizontal-roxo-laranja.png Vandré Sales2020-11-02 12:00:532022-03-07 10:06:58Negócio inovador: como planejar?

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