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Ideias e ideias. Como fazer brainstorm em equipe

Quantas vezes participamos de reuniões para discussões em grupos e no meio tempo, deu vontade de levantar-se da cadeira e ir embora? Ou então, quando somos obrigados a ouvir a opinião de uma ou duas pessoas que detém cargos de chefia e pouco se importavam com a opinião dos colaboradores subordinados? 

Você já passou por isso ou conhece alguém que sentiu esse desconforto? 

Será possível realizarmos reuniões, ou sessões de brainstorms, mais inteligentes onde, não importa o cargo da pessoa, todos serão ouvidos e atendidos? 

Nesse artigo vamos explorar dicas e técnicas de como elaborar um brainstorm de ideias, rico e saudável, para te ajudar a propor as melhores ideias possíveis ao seu time ou líderes da sua empresa. 

De onde surgem as boas ideias 

Steven Johnson (2010) em seu best seller, De onde vêm as boas ideias, mostra que ideias sensacionais precisam de tempo de maturação para serem desenvolvidas, e muitas nascem dos torós de palpites das pessoas, às vezes algo que uma pessoa teve um insight, mas acabou perdendo a oportunidade de anotar, se perdeu e poderia ter se transformado em uma ótima ideia.

Em uma análise profunda sobre os temas: Criatividade e Inovação, Steven notou que não era apenas o acaso ou estudos aprofundados com especialistas que levavam ao surgimento delas, mas sim era preciso um período de incubação, de maturidade para fazer uma ideia virar algo. 

No universo corporativo, se olharmos o século XX com fim no ano de 2000 e o início do século XXI, até o final do ano de 2010, era comum, dentro das empresas, as melhores ideias sempre serem escolhidas pelos diretores destas corporações ou mesmo propostas e impostas por eles. 

Os colaboradores eram chamados apenas no momento de sugerirem soluções para os problemas que as empresas passavam, no seu ambiente interno, em maioria de operação e processos internos. 

Daí surgiram as famosas “caixinhas de ideias”, ou seja, concursos internos que na época não eram voltados para intraempreendedorismo, a fim de propiciar o surgimento de ideias que seriam analisadas e votadas pelos altos cargos de direção da empresa. 

Não importa a aceitação de uma ideia proposta por um colaborador no mercado, quem decidia se valia a pena ou não desenvolvê-la, eram os executivos da organização. 

Sem dúvida, isso é muito comum acontecer em muitas empresas até nos dias atuais. 

Ainda mais crítico, a ideia não é submetida a um processo de validação estruturada, onde quem determina se faz sentido ou não é o próprio cliente, pois ele também não foi ouvido antes de se iniciar a criação do produto.

Grandes empresas e seus grandes erros

Um caso interessante é o de uma grande marca de bebidas, que alguns anos atrás perguntou para os clientes o que achavam da ideia de lançar um novo refrigerante com sabor de limão a fim de concorrer com outra famosa marca de uma bebida semelhante. 

No processo de pesquisa de mercado, com perguntas “empurradas”, pois já eram fãs dessa marca, a resposta foi unânime: “Seria ótimo, quero muito esse produto!”. 

Milhares de pessoas desejando por algo que ainda nem experimentaram. Assim como inúmeros produtos de outras marcas reconhecidas em outros segmentos no mercado, aconteceu o mesmo. 

Com tantos feedbacks positivos a empresa gastou milhões de reais na produção, divulgação e logística de um novo refrigerante, mas que se você for nas gôndolas dos mercados hoje, você não encontrará nenhum disponível. 

Assim, ideia não é da empresa. A ideia é do mercado!  

Claro que isso não é uma regra geral. Existem empreendedores e empresas que são fenomenais e conseguem ofertar algo que nem era esperado pelo cliente, mas que muda completamente a maneira dele se relacionar com produtos e serviços de outras marcas. 

Permitindo o Caos Criativo 

A imagem acima traz um sentimento de vários brinquedos espalhados. Podemos interpretar como um ambiente bagunçado e desorganizado. 

Por outro lado, essa é proposta: Unir diversos tipos de conhecimentos e habilidades em um aprendizado multidisciplinar que o americano Tim Brown (2010), autor do livro Design Thinking, apresenta para o mundo corporativo. 

Um time de desenvolvimento de produtos não precisa, necessariamente, ser formado por engenheiros e designers de produtos, mas sim por pessoas com conhecimentos distintos e multidisciplinares que se complementam. 

Por que não ter um biólogo, uma pedagoga, um profissional de marketing e um financista, por exemplo, para compor um grupo de pessoas que irão desenhar um futuro carrinho de compras? 

Parece estranho não é mesmo? Mas isso é retratado no vídeo: Super Market onde a IDEO, maior empresa de Design de Serviços e Produtos do mundo, foi contratada pela famosa rede americana de supermercados, ainda nos anos de 1999, Whole Foods, atualmente pertencente a Amazon, para resolver um problema de usabilidade e segurança provocados por carrinhos de compras, em que o número de acidentes ultrapassava 22 mil casos por ano. 

Você sabia que um carrinho de compra pode chegar à velocidade de 56 km por hora? 

Eu não sabia dessa informação! Foram profissionais com diversas habilidades e conhecimentos que apresentaram uma solução de um novo modelo de carrinho que pode se mover por todas as direções, ao contrário do tradicional que se move apenas para frente e para trás. 

Isso permite controlar a velocidade usando rodinhas de diâmetros diferentes, além de facilitar o transporte de cestas removíveis dentro do próprio carrinho enquanto o cliente está em uma determinada área do mercado. Tudo isso até três vezes mais leve que o modelo tradicional. 

Criando o Brainstorming de Oportunidade de Soluções 

Esse processo de instalar o caos criativo não é para qualquer empresa, pois incentiva as pessoas a seguirem um mantra repetido por Tim Brown (2010): 

“Falhe rápido e com frequência para encontrar o sucesso ainda mais rápido”. 

Tim Brown – Fundador da IDEO

As empresas tradicionais não estão preparadas para a “cultura do incentivo ao erro” que, por muitos anos, foi visto como um pensamento absurdo e acabou retardando muitas inovações disruptivas que conhecemos hoje. 

Para permitir que o caos criativo dê certo, vou passar algumas dicas valiosas. 

Antes de você se reunir com o seu time quando for para a próxima reunião brainstorming criativo é importante conhecer as dicas a seguir para melhor aproveitamento das ideias e insights de soluções, sem criticar seus colegas de trabalho e sem impor a decisão da melhor solução com base no perfil hierárquico dentro da empresa. 

As 7 regras na hora de realizar um brainstorm para geração de ideias 

Para que um verdadeiro brainstorming aconteça entenda que não deve existir decisões top-down apenas por que alguém é um superior hierárquico ao colega de trabalho ou possui uma titulação acadêmica superior. 

Evite imposições do tipo: “Temos que fazer isso e aquilo, pois acredito que é o melhor para a empresa!”. 

Se todos se deixarem levar pelo “poder do cargo” na prática as decisões não estão sendo tomadas para o bem da empresa, mas pela sustentação do ego de quem diz isso, concorda? 

Regra 1: Adie o julgamento

Não critique a opinião dos seus colegas e não deixe que isso aconteça nesse momento para não gerar conflitos. 

A opinião de outra provavelmente será diferente da sua. É e exatamente isso que esperamos em uma reunião para geração de novas ideias. 

Caso contrário, não seria necessário reunir as pessoas. Bastava a sua opinião. 

Além disso, julgar as pessoas neste momento, produz um bloqueio criativo em toda a equipe, pois as outras pessoas vão evitar dar suas sugestões e ideias com o receio de serem julgadas também. 

Regra 2: Estimule ideias radicais

Permita que ideias consideradas “absurdas” sejam aceitas, no primeiro momento. Faça com que cada pessoa tenha seu momento de palavra e defesa da sua ideia, por mais absurda que pareça. 

Talvez passe a fazer sentido para você e para seu time. 

Entenda que as grandes disrupções tecnológicas e de negócios vieram, provavelmente, de ideias inconcebíveis para a maioria de nós. 

Regra 3: Construa sobre a ideia dos outros

Você não precisa ser a pessoa inventora e ser pioneira da sua ideia. 

Os grandes casos de inovação no mundo nos mostram que foram jornadas melhoradas de algo já existente no mercado. 

Não se preocupe em ser pioneiro, mas em gerar valor para o seu cliente. 

Não foi Tomas Edson que inventou a lâmpada. Ele testou mais de mil combinações diferentes de materiais até criar uma versão durável o suficiente para ser comercializada. 

Da mesma maneira que Henry Ford não inventou a carro. O seu grande feito foi reduzir o custo de produção em massa para que mais pessoas pudessem comprar seu primeiro automóvel. 

Regra 4: Mantenha sempre o foco no tópico central

Atenha-se para as dores já identificadas e o job to be done da sua persona. 

Procure não trazer novas dores que não foram validadas. Evite afirmações baseadas em “achismos” ou intuições que não podem ser explicadas com argumentos consistentes. 

Nessa hora é comum os líderes quererem mostrar que conhecem o foco central da empresa. 

Sugira que toda ideia é válida, mas que deverão passar por validação dos colegas e até do mercado. 

Caso a equipe se perca em assuntos e temas divergentes, dê uma breve pausa na reunião e retorne do momento anterior à dispersão que tirou o foco central. 

Regra 5: Permita apenas uma conversa por vez 

É impossível entender todo mundo ao mesmo tempo.

Imagine duas ou três pessoas falando e dando sugestões e opiniões distintas ao mesmo tempo.  

Qual delas você vai prestar atenção? A que grita mais alto? A que possui o maior cargo na empresa? A que você tem mais afinidade? 

Eu sei que é complicado. Então faça uma dinâmica em grupo, onde todos se sentam ao redor do colega, caso seja uma reunião presencial. 

Se for uma reunião online, crie a regra de quando alguém estiver com o microfone aberto, não importa o cargo da pessoa, todos os demais precisam ouvir com atenção sem interrupção. Caso queria falar, dê algum sinal digital ou levante a sua mão até ser convidado a falar. 

Regra 6: Procure gerar ideias pela quantidade

 

No primeiro momento, o grande desafio que buscamos é identificar diversas oportunidades de solução para cada dor identificada, para cada problema elencado. 

Não se preocupe, neste momento, com a qualidade ou viabilidade da ideia apresentada. A etapa de avaliar se uma ideia é ideal virá em outro momento e não durante essa reunião de brainstorm. 

Resgatando o inventor da lâmpada Tomas Edison, pense em sua famosa frase: 

“Eu não falhei. Apenas descobri 10 mil maneiras que não funcionam.” 

Tomas Edson – Inventor

Regra 7: Seja visual

Sempre procure evitar argumentos verbais complexos ou falas prolongadas na hora de explicar uma ideia. 

Se puder ser visual na sua explicação, as pessoas vão entender mais rapidamente. 

Use uma folha de papel para rascunhar, mostre fotos na internet que representam o seu pensamento ou faça mímica, se preferir. 

Quanto mais visual for sua explanação de uma nova ideia ou insight, melhor será o entendimento das pessoas que estarão te ouvindo e vendo. 

Não deixe isso tudo ser esquecido 

Uma dica muito útil é você imprimir essas sete regras que acabei de apresentar usando um ícone que representa cada regra e o nome do tópico. 

Assim, sempre que forem começar uma reunião de brainstorm, distribua para os seus colegas essas regras e relembre o que elas significam. 

Dessa forma, em pouco tempo, tudo isso será habitual para a maioria do seu time. 

Com tudo isso, concluímos que agora você é capaz de sugerir e também de participar de ótimos brainstorms em sua empresa. 

Toda as vezes que participar de uma reunião ou discussão em grupo lembre-se desses insights e dicas. 

Eles irão te ajudar muito em sua jornada, pois nos permite estabelecer uma forma de natural de respeito entre todos do seu time, evitando que os conflitos sejam maiores e eliminando a sensação de que somente as pessoas com maiores títulos e cargos são aptas a terem as ideias escolhidas para serem desenvolvidas dentro da empresa.

Paolo Petrelli
Paolo Petrelli

CEO na PontoGet Inovação e Sócio na Meliva
Professor de MBA em Inovação.
Ajudo médias e grandes empresas a tornar seus colaboradores mais criativos, inovadores e produtivos.

20 de novembro de 2021/0 Comentários/por Paolo Petrelli
https://meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/11/ideias-e-ideias.jpg 720 1080 Paolo Petrelli https://www.meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Meliva-horizontal-roxo-laranja.png Paolo Petrelli2021-11-20 10:24:182021-11-20 10:32:08Ideias e ideias. Como fazer brainstorm em equipe
Inovação

Desafio Motivador: razões para criar o seu

Você acorda todos os dias, e se sente motivado a perseguir um objetivo, que vai além do que alcançar um determinado resultado? Quando sai de casa, já no caminho para a empresa, se sente arrepiado só de saber que tem que encarar um desafio maior do que apenas entregar algo feito ou bem feito? 

Neste artigo, vou te mostrar a importância de se construir um Desafio Motivador que poderá mudar para sempre a forma de como você olha para os produtos e serviços da sua empresa. Ao finalizar a leitura, você irá entender o que é e como criar um desafio motivador. 

Se ao acordar pela manhã, mesmo sabendo o que precisa fazer durante o dia para realizar suas atividades, não se sentir motivado, e não estamos falando aqui dos aspectos de ambiente ou salário, algo pode estar errado. Vou te mostrar nesse artigo o porquê isso acontece e como você pode virar a chave. 

Imagina que você é praticante de montanhismo, um alpinista cujo seu maior sonho é “chegar no topo do Everest”, no Himalaia. Acredito que nem eu, nem mesmo você, teríamos a coragem de encarar uma aventura dessa sem ter tido experiência, sem ter escalado outros montes menores, de altura média até os de maior altitude, sem ter conversado com outros alpinistas que conseguiram e os que não, sem ter feito diversas outras escaladas pelo mundo, ter passado por situações de adversidades, riscos, aprendendo a lidar com o clima, identificando sinais de tempestades, lidando com a escassez de ar nas subidas, com os equipamentos corretos e, claro, com o emocional.  

Encarar um risco desse sozinho é pedir para dar errado. Ninguém quer passar pela situação, retratada no filme 127 horas, onde o alpinista americano Aron Ralston (interpretado pelo ator, James Franco) resolve se aventurar sozinho, prática que já realizou por várias vezes, em um cânion localizado em Utah, nos EUA.  

Ao se ver preso em uma fenda por causa de uma grande pedra que caiu e prensou seu braço, ele teve que tomar a decisão de ter que amputá-lo com um canivete para conseguir sobreviver. Se você não assistiu a obra e quer ver, atente-se para as recomendações por ter cenas muito fortes.  

O filme 127 horas nos ensina bastante sobre querer criar e alcançar um desafio, mas com riscos não calculados.  

E essa é a verdade no mercado para muitas empresas, pois elas não fazem melhorias em produtos e serviços em benefício à real necessidade dos seus clientes, mas sim para serem melhores que seus competidores, para não perderem mercado, para aumentarem participação nas vendas e tentar fidelizá-los. 

Criar um verdadeiro desafio motivador, não é olhar para o produto em si, mas é entender “no coletivo”, com os padrões que o mercado mostra, a mudança de comportamento do consumidor, para onde o seu cliente está buscando novas alternativas, novas soluções que aliviam suas dores ou necessidades reais. 

No ambiente corporativo, as empresas desenvolvem seus produtos ou serviços em cima de melhorias do produto anterior ou considerando o cenário descrito aqui, em cima da primeira, da segunda ou da terceira montanha que já foi explorada.  

A verdade é que nenhuma montanha será igual à anterior, ficando quase impossível perceber as reais necessidades e mudanças apenas tomando por base a experiência e a liderança conquistada até então. 

Me lembro que em 2018, em uma competição de empreendedorismo em que atuava como mentor, vi umas pessoas em uma mesa comentando que ficaram impressionadas com o fato de um dos presentes ter descido no prédio onde estava sendo realizado esse evento e ter buscado lá embaixo com um entregador uma quantia de R$100,00 em “espécie” ou dinheiro papel porque ele precisava para pagar um prestador de serviços que não podia receber em conta.  

Aí todos se perguntaram, como assim, seu banco veio te entregar dinheiro aqui? 

Fato esse não isolado, onde comecei a acompanhar diversos outros comentários pela internet e outras pessoas que passaram por situações semelhantes, aí fiquei curioso para entender e, mesmo conhecendo o aplicativo colombiano Rappi, não sabia que eles faziam isso.  

Ou seja, não foram os bancos que criaram essa percepção de experiência junto ao seu cliente, mas sim uma startup que provavelmente identificou essa dor latente no mercado, de: 
 
“levar o dinheiro que a pessoa precisa, onde ela estiver no momento que ela quiser”. Isso sim é um exemplo de um “Desafio Motivador” que as instituições financeiras poderiam ter perseguido para melhorar a jornada dos seus clientes. 

O que é e como criar um verdadeiro desafio motivador para o seu negócio

Entre as principais premissas de uma startup está a sua capacidade de desenvolver produtos ou serviços mais rápidos, mais baratos e com a melhor experiência do que as empresas tradicionais, alterando completamente a forma como nós consumidores olhamos para as grandes marcas que, por muitos anos, nos conquistaram e até nos fidelizaram.  

Porém, da forma como faziam já não conseguem mais.  Seguindo esse raciocínio, vamos fazer um breve diagnóstico sobre o modelo de negócio principal da indústria financeira e da mobilidade. 

Começando pelo setor financeiro, aqui é interessante compreender como a inovação que surgiu impactou em todos os aspectos o modelo de negócio dos bancos de varejo, que apesar de comunicarem que ainda não estão incomodados com o surgimento das “fintechs”, é visível o quão buscaram se adaptar às novas tendências.  

No Brasil existiam cerca de 155 bancos autorizados e em funcionamento de acordo com o Banco Central (2015), entre os representados pela FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos – que engloba os 11 maiores grandes bancos, identificados facilmente nos “Caixa 24 Horas” e ABBC – Associação Brasileira de Bancos (representa os bancos menores), além de aproximadamente 426 Sociedades de Créditos – como as financeiras em geral (Losango, SoroCred, Aymoré…), mercado este que vem sendo absorvido com maestria pelas empresas digitais fintechs.  
 
Veja a imagem abaixo extraída do relatório:  

World Retail Banking Report – WRBR - http://www.worldretailbankingreport.com. 

desafio motivador

Um ano após surgir no Brasil a startup Nubank, em 2013, um dos maiores bancos do Brasil fechou mais de 1000 agências bancárias desde 2014 a fim de enxugar a operação e focar mais na oferta de serviços digitalizados aos seus clientes.  

Até 2014, pegando por exemplo uma pessoa que precisava fazer um empréstimo, a análise de crédito, aprovação e liberação do mesmo poderia durar entre 24 a 36 horas, conforme dados apontados pela ClearSale, além do que se uma solicitação de crédito fosse feita em um banco, só seria possível caso o tomador fosse um correntista deste.  

Atualmente, este tempo reduziu para cerca “minutos” devido a velocidade de inovação e disrupção das fintechs, onde muitos correntistas, até então acostumados apenas com o modelo tradicional das instituições financeiras, começaram a migrar suas contas bancárias para carteiras digitais.  

Conforme o 12º Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo (World Retail Banking Report – WRBR - http://www.worldretailbankingreport.com), publicado em 2012 (6 meses antes do surgimento da Nubank)  pela Capgemini Global Financial Services em parceria com a Efma – entidade que reúne mais de 3300 empresas de serviços financeiros de varejo de todo o mundo, apontava que menos de 50% dos correntistas da Geração Y tenderiam a continuar no seu banco de origem, ou seja, muitos pretendiam mudar de banco.  

Mais de 53% dos clientes que se relacionavam com a marca “banco” estavam interessados em apenas dois produtos: ter uma conta simples ou cartão de crédito. No Brasil, atualmente mais de 30% de clientes correntistas estão propensos a deixar seu banco principal, em 2014, essa taxa era de 3.7%. 

Vamos olhar agora para outro segmento, o de transporte. Ou melhor, mobilidade, no Brasil. Há cerca de sete anos, quando os aplicativos de mobilidade urbana individual ainda não eram comuns aqui no país, as pessoas olhavam para o carro apenas como um meio de transporte particular.  

Lembro claramente que quando eu tinha uns 17 anos, em 1996, já ficava sonhando com o meu primeiro carro, qual seria, o que ele deveria ter, enfim todos aqueles desejos de jovens em início de uma jornada profissional. Além, claro, das motivações pessoais. 

Por muitos anos, ter a propriedade de um veículo era sinônimo de status, de mostrar que conseguiu realizar aquele sonho. Nesse sentido, era óbvio que as fabricantes de automóveis, em parceria com as concessionárias e lojas multimarcas, focavam em vender e vender cada vez mais. 

Para a indústria que produzia os veículos, os desafios sempre estavam relacionados à operação do negócio, aos produtos e serviços oferecidos e atender a relação “demanda e oferta”.  

Afinal, imagina o tamanho de uma estrutura, de responsabilidades de investimentos e riscos que alguém pode assumir criando uma empresa nesse segmento e porte? Não é para qualquer um e temos que dar os parabéns. 

Contudo, uma vez que o foco está na fabricação e na operação do negócio, deixaram de olhar para a real necessidade, a verdadeira “dor” do consumidor, a de se deslocar cada vez mais com menos estresse pela cidade de um ponto “A” a um ponto “B” no menor trajeto e melhor custo-benefício possível. Assim, para o cidadão comum, o transporte virou de fato mobilidade. 

A partir desse consenso e do início da oferta de soluções de aplicativo de mobilidade no país, ter a propriedade de um veículo não é mais prioridade. É obvio que aqui não estamos incluindo os clientes de carros de luxo ou esportivos que, sim, é um público que sempre vai existir, mas a grande massa de pessoas que precisam sair de uma origem e chegar a um destino de maneira mais rápida, mais barata e mais eficiente. 
 
Esse pensamento levou as grandes montadoras a começar a olhar para o seu produto não mais apenas como ativo a ser adquirido pelo cliente, mas como serviço. E é fácil perceber isso. Nos últimos três anos, várias fabricantes de automóveis lançaram serviços de aluguel de carros atendendo mercados de nichos direto ao consumidor final, sem a necessidade de seus intermediários, as concessionárias de veículos. 
 
Construir um verdadeiro desafio motivador parte de uma pergunta chave ou mensagem que mostra como é possível oferecer ultra conveniência, algo que o cliente deseja na hora que ele quer, onde ele estiver e de maneira mais rápida, com a máxima experiência e com o melhor custo-benefício. 

Se as empresas começarem a olhar para perguntas assim, irão sim encontrar soluções que atendam às reais necessidades dos seus clientes. 

A partir de agora você conseguirá olhar para os produtos e serviços da sua empresa com outro ponto de vista e conseguirá contribuir para criar os desafios motivadores mais alinhados com a mudança do comportamento do seu consumidor.  

Então, deixo a pergunta: qual é o verdadeiro desafio motivador que a sua empresa precisa olhar nos próximos dois anos para se manter mais competitiva e inovadora no mercado? 

Neste artigo, vimos que pensar em produto e serviços nos dias atuais é ir além de apenas gerar inovações incrementais, e elencar um desafio motivador. É sinal que está se olhando para as reais necessidades do cliente, sempre conectado ao propósito transformador massivo da sua empresa.  

Aprendemos que para criar um verdadeiro desafio motivador é preciso fazer uma pergunta-chave ou transmitir uma mensagem que faça com que o seu time levante todos os dias e sinta-se motivado a persegui-la. 

Quer saber mais sobre estratégia, agilidade e inovação? Leia os artigos do blog da Meliva! Visite a nossa página de conteúdos gratuitos e baixe nossos e-books, canvas e templates. Ou, se preferir, ouça nosso podcast no Spotify.

Paolo Petrelli
Paolo Petrelli

CEO na PontoGet Inovação e Sócio na Meliva
Professor de MBA em Inovação.
Ajudo médias e grandes empresas a tornar seus colaboradores mais criativos, inovadores e produtivos.

6 de maio de 2021/por Paolo Petrelli
https://meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Artigo-33-Desafio-Motivador.png 524 780 Paolo Petrelli https://www.meliva.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Meliva-horizontal-roxo-laranja.png Paolo Petrelli2021-05-06 08:40:122021-09-08 15:01:40Desafio Motivador: razões para criar o seu
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